Prestação é referente ao terceiro quadrimestre de 2014
A Câmara de Poá sediou na manhã desta sexta-feira (27 de fevereiro), a Audiência Pública para prestação de contas do terceiro quadrimestre de 2014 da Secretaria de Saúde do município. O evento foi abrigado no plenário Osvaldo Leite Dantas e reuniu além das autoridades, representantes da pasta, do Conselho Municipal da Saúde e da sociedade civil.
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Vereador Lázaro Borges |
Inicialmente foram passados os dados sobre os serviços e atividades realizadas pela secretaria. Segundo as informações da pasta, ao todo foram realizadas 58.127 consultas médicas por especialidade, destaque para clínica médica, com 18.452 atendimentos e ginecologia, com 10.417; também para homeopatia, que praticamente dobrou o número de atendimentos em relação a 2013, de 237 para 425.
O número de procedimentos que envolve enfermagem, atendimento médico de urgência e emergência, pequenas cirurgias, assistente social e fisioterapia totalizaram 13.926.Já o número de internações foi de 342.
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O secretário de saúde Dr. Ali e sua assistente técnica |
No que diz respeito à distribuição de medicamentos no período os números chegam à casa de 91.750, sendo que as quantidades estão relacionadas à pacientes atendidos, sendo a número um em distribuição, a unidade Wellington Lopes, localizada no jardim América, com 11.423.
Os valores informados quanto à aplicação em ações e serviços públicos de saúde de janeiro a dezembro são de 27,5 milhões para atenção básica e saúde da família; 34,5 milhões em atendimentos de média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar – atendimento emergencial em hospital, 1,6 milhão em assistência farmacêutica - aquisição de medicamentos e farmácia popular e 1,06 milhão em vigilância em saúde – sanitária e epidemiológica.
O vereador Jorge Luiz Monteiro (PSL), o Madruga, pediu informações sobre a falta de médicos na rede municipal, como por exemplo, a necessidade de contratação de mais neurologistas e cardiologistas, uma vez que a cidade possui demanda alta.
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Douglas Alves participando |
O secretário da saúde Dr. Ali Sami El Kadri disse que havia dois médicos neurologistas, porém o de Calmon Viana teve o contrato finalizado, já sobre cardiologista há dificuldade para contratação.
Outro questionamento do parlamentar se refere à falta de medicamentos nas unidades de saúde. O chefe da pasta, por sua vez, disse que o problema é recorrente do atraso na entrega feita pelo Governo do Estado.
O vice-presidente da Câmara, vereador
Lázaro Borges questionou a possibilidade de encerramento do contrato com o laboratório que realiza a análise de exames e a demora no atendimento de consultas. Dr. Ali revelou que o cancelamento unilateral do contrato já foi pedido e que está estudando uma melhor forma de humanizar o atendimento.
O vereador ainda pediu a vinda de médicos do Programa Mais Médicos, do Governo Federal.
A vereadora Jeruza Lisboa Pacheco Reis, reiterou a necessidade em adotar uma política pública para o tratamento de drogaditos.
“Precisamos ter uma linha de enfrentamento quanto à dependência química, que é uma causa antiga e, ainda persiste. Outra preocupação está relacionada aos funcionários, não apenas nos quesitos preparação e atendimento ao público, mas também nos materiais. Essas pessoas então na ‘linha de frente’ e representam o governo municipal. Gostaria de parabenizar o Fórum regional que será realizado em março, afinal sou defensora ferrenha dos conselhos municipais e acredito nos conselhos como única e poderosa arma de controle externo da população e essa é uma atitude plausível”.
Douglas Alves, membro do Conselho de Saúde do Estado de São Paulo e coordenador da comissão que avalia o funcionamento da estrutura de saúde do Estado de São Paulo, mencionou a falta de pediatras e a alteração do atendimento em ortopedia que passou do hospital municipal, no Jardim Medina, para a Nova Poá, a medida tem gerado críticas por conta da dificuldade de locomoção até a unidade.
Alves adiantou que no dia 5 de março será realizado um Fórum Permanente na Câmara de Poá com apoio da secretaria municipal de saúde. O objetivo é construir um fórum permanente da deliberação e discussão de estratégias para políticas públicas de saúde do Alto Tietê.